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De cabeça erguida

Abro um parentesis para falar de um tema de que habitualmente não falo quando visto a personagem blogger, mas não resisto ao fazê-lo agora.

Importa fazer a declaração de intenções da praxe: sou benfiquista. Por vezes, um pouco doente confesso. Daqueles que não consegue estar sentada nos últimos 15 a 20 minutos de um jogo. Daqueles que anda nervoso todo o dia quando o Benfica tem um jogo importante. Por vezes, consigo disfarçar bem, confesso, e até dar a ideia de ser alguém ‘normal’, para quem o clube é ‘apenas’ um amor de circunstância, que me alegra quando ganha, mas ao qual eu não ligo quando perde. Nada disso. O meu benfiquismo, que orgulhosamente carrego por influência decisiva do meu avô, mexe comigo, e a tendência é para ‘piorar’. Sou cada vez mais benfiquista e sou-o com cada vez maior orgulho. Hoje foi apenas mais um capítulo nessa história.

Posto isto, falemos de hoje. Do futebol jogado. E nesse, fomos claramente melhores. Quer hoje, quer na primeira mão. Ficou claramente demonstrado que o Chelsea estava perfeitamente ao nosso alcance. E esta é a única coisa que me custa na eliminação. Caímos aos pés de uma equipa que não é, era ou será melhor nem maior que nós. Pode ter muitos mais €, mas no que toca a jogar à bola (coisa que importa, segundo dizem os especialistas, nesta coisa do futebol), foram bastante inferiores ao Benfica no conjunto dos 2 jogos.

Falemos da raça, do coração. Fomos enormes. Mesmo que não tivéssemos sido superiores no futebol, mereceríamos mais sorte pela entrega e raça demonstrada. E sim, isto também é Benfica. A camisola honrada, suada, rasgada. Demos tudo.

Falemos também dos factores externos. É penalti. Foi em Lisboa (mão de Terry na área), também foi o de Londres (Javi faz falta sobre Cole). Maxi viu bem o segundo amarelo (o primeiro foi por protestos, segundo dizem. Não sei o que um árbitro eslovaco entende vindo de um jogador uruguaio que nem parece ter feito grande alarido, mas enfim…). A dualidade de critérios hoje foi bruta e interferiu e muito. O Benfica em 11 faltas viu 7 amarelos e 1 vermelho. O Chelsea em 17 faltas viu 3 amarelos. Condicionou, e muito. Foi pena. Merecíamos mais isenção em ambos os jogos…

Falemos de Jesus. Do Jorge. Eu quero que fique. Lembro-me do Benfica de Quique. E de Camacho. E de Fernando Santos. 3º lugar no campeonato a vintes e tais pontos de distância. Lembro-me também de Koeman, que também chegou aos quartos com um plantel muito limitado, mas que nem luta deu pelo título. Lembro-me também de Trap e de um Benfica que beneficiou, e muito, da fraqueza de todos os oponentes para se sagrar campeão. Sim, gostaria muito que Jesus deixasse de inventar e de ser teimoso (Capdevilla a reserva? Como é possível?!?!). Mas é, de longe, o melhor treinador do Benfica desde Eriksson. E por isso, deve ficar.

Agora espero (eu e todos os benfiquistas) que tudo seja repetido na próxima segunda feira. A garra, a classe, a determinação, o querer, a atitude, o coração. A única coisa que não quero ver repetido é mesmo o resultado. Mas, mesmo que o seja, uma coisa eu sei. O benfiquismo que o meu avô orgulhosamente me ‘pegou’ continuará. A cada jogo. A cada golo. A cada remate ao ferro ou para fora. Nas vitórias e nas derrotas. Benfica SEMPRE!

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